quinta-feira, 11 de maio de 2017

Meu amor, minha enganação

A busca por um grande amor às vezes nos leva a furadas. Principalmente quando você conhece um alguém lindo e simpático e no mesmo instante já se sente apaixonada. Esse foi o meu erro. Na primeira vez que vi Carlos Eduardo me senti totalmente envolvida. Era impossível uma mulher resistir ao charme dele. Eu estava sentada sozinha em um barzinho quando ele se aproximou perguntando se podia me fazer companhia. Obviamente, encantada por aquele lindo sorriso devasso, eu não consegui dizer não, e acabei aceitando a presença dele do meu lado. Conversamos por um bom tempo, e ao final da noite trocamos alguns beijos e nossos telefones.
Tudo começou a fluir facilmente. Começamos a sair e um mês depois estávamos namorando. A essa altura eu já estava completamente apaixonada. Parece loucura, mas era a minha realidade. Na verdade era impossível não se apaixonar por Cadu. Ele era lindo, charmoso, divertido e inteligente. Seu excesso de atenção me fazia sentir a mulher mais adorada do mundo. Tudo com ele era tão perfeito. A cada quinze dias ele dava umas sumidas, mas era a trabalho. Pelo menos era o que ele me dizia. Eu ficava brava com esses sumiços, mas ele vinha com uma flor e tudo se resolvia. Como eu era tola.
No nosso aniversário de quatro meses de namoro ele me presenteou com uma viagem a Cancun. Fiquei exultante de felicidade. A viagem foi perfeita: passeios de mãos dadas, jantares a luz de velas, presentes e muitas declarações de amor. Como eu era feliz! Não havia como amar mais aquele homem. Ele era o centro do meu universo. Quando estávamos completando seis meses juntos propus a ele que começássemos a pensar no casamento. Tínhamos pouco tempo de namoro, mas estávamos tão apaixonados que não havia necessidade de esperar muito tempo. Carlos Eduardo assustou e começou a se esquivar do assunto, dizendo que era cedo demais.
Quando contei as minhas amigas a reação negativa de Cadu ao falar de casamento, Ana e Carla tentaram me alertar:
 - Luana, tem alguma coisa errada com ele. Se está tão apaixonado por que se nega a casar com a “mulher da vida dele?”.
- Não Ana! Ele não está se negando, apenas acha que é cedo.
- Lu, me desculpe, mas eu concordo com a Ana. Tem algo errado aí.
Ah não! Até Carla, minha amiga romântica, estava contra meu amor.
Eu estava cega de amor.
Passados um mês Cadu veio com uma história estranha, de que precisava viajar por um mês. Veio dizendo que era a trabalho. Dessa vez não engoli a história, mas fingi que sim para investigá-lo. Depois que ele viajou resolvi ir à empresa que ele trabalhava, e foi então que descobri a verdade.
Carlos havia tirado férias adiantadas e ido para casa, em outro estado, pois sua esposa ganharia bebê naquela semana. Fiquei chocada com o que ouvi. Liguei para ele e o confrontei. No início ele tentou negar, mas depois acabou assumindo. Ainda teve a cara de pau de dizer que me amava, que não poderia viver sem mim. Tentou me convencer de todas as formas a não deixá-lo. Disse que futuramente se separaria, que não poderia fazer isso agora, pois tinha três filhos pequenos, inclusive um recém nascido. Fiquei arrasada! Como o meu namorado perfeito fora capaz de me enganar assim?! Na verdade ele nunca existiu. Tudo não passara de uma mentira.
Nas semanas seguintes Cadu tentou me contatar, foi a minha casa, mas eu evitei todas as formas encontrá-lo. Até troquei de telefone e fiquei uns tempos na casa dos meus pais. Depois de tanto insistir e só receber recusas, o safado acabou voltando para seu estado, para sua família. Eu estava um caco. Não sei de quem eu sentia mais pena, se era de mim ou se era da esposa dele. Demorei um bom tempo para me recuperar dessa situação. Ainda não estou 100% curada, mas pelo menos tenho tentado me abrir para outros relacionamentos e voltar a viver.


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