Aquela gravata
Eu queria ser mais forte, controlar
os meus impulsos e te afastar de mim. Mas então você chega daquele jeito que
chegou ontem e acaba com tudo que estava em minha cabeça. Sinceramente, eu não
esperava nada. E, sinceramente, estou perdida. Você chegou de surpresa e me espantou
totalmente. Claro que eu sei que você possui seus impulsos e já disse que é
louco por mim, mas fiquei surpresa de verdade. Parte de mim queria se
arrepender, mas foi bom demais. Não tem como negar, ainda sinto o seu cheio em
meu corpo e posso sentir o deslizar das suas mãos em minha pele. Estou
completamente perdida.
Mais um domingo desanimado. Nem o
céu ensolarado me animava. Lavei meus cabelos longos na parte da manhã, passeei
na vizinhança com meu cachorro, fiz um almoço rápido, já que estava sozinha,
cochilei a tarde inteira e por fim coloquei minha camisola e fui assistir a um
filme. O cochilo me deixou desperta e com pouquíssima fome. Fiz um brigadeiro e
liguei o notebook. Pela milésima vez, assisti à “Casa Comigo?” e me diverti
como sempre. Lá pela metade do filme me assustei com alguém batendo na campainha.
Olhei rápido para o celular e já era quase nove horas. Eu não imaginava quem
poderia ser a essa hora. Meus pais estavam viajando e eu não esperava ninguém.
Coloquei o robe de seda azul marinho e fui dar uma espiada pela grade do muro.
Eu
gelei por completo. Não estava acreditando. Era ele. Num impulso abri o portão.
Frente a frente pude compreender melhor aquela presença. Nossa, me tirou do
chão por completo. Ele sabia como eu ficava quando colocava um terno. Sempre tive
um fraco por ternos. E ele estava um gato e muito charmoso e, pra piorar, me
olhava daquele jeito, como se quisesse arrancar toda a minha roupa apenas com
os olhos. De repente me toquei que não estava vestida adequadamente. Mas não importava,
afinal, ele já tinha me visto daquele jeito algumas vezes. Com o cabelo solto e
meio despenteado, eu não sabia o que dizer. Ele me encarava e minha respiração
acelerava.
Num
impulso, me aproximei segurei a sua gravata azul. “Boa noite pra você também,
senhorita impulsiva”, disse com a voz rouca e extremamente sexy. Minhas pernas
bambearam e eu sorri. “Boa noite! A impulsiva sou eu? Onde você estava e porque
apareceu aqui?”, questionei ao mesmo tempo em que alisava a gravata. Pude sentir
a sua respiração ficar mais rápida. “Eu, eu... Não importa. Só sei que
precisava te ver. E pelo jeito você também”, disse e rapidamente me pegou no
colo, segurando as minhas coxas e me dando um beijo de tirar o fôlego. “Ei. Não
podemos fazer isso aqui. Meus vizinhos vão ver”, falei baixinho. Ele deu uma
gargalhada e me levou para dentro de casa em seus braços. Me surpreendi com a
rapidez que ele encontrou o sofá. Em poucos instantes estávamos nos beijando intensamente
mais uma vez. Suas mãos fortes continuavam deslizando por todo o meu corpo. “Você
sabe como eu gosto disso, né?”, disse em seu ouvido. “Eu sei. E você sabe que
eu amo esse robe. Mas amo ainda mais tirar ele”, falou e em um segundo eu estava
apenas de camisola. “Esperava encontrar você nua”, brincou. “Não seja por isso”,
falei e joguei a minha camisola bem longe.
Aquilo
era bom demais, mas não era justo. Eu me virei e puxei a gravata por completo.
Abri os botões da camisa e me deparei com o seu peito nu. Irresistivelmente,
acabei deslizando a minha língua por ele e logo arranquei também a sua calça. Toda
a sua atenção se voltada pra mim. Como eu queria aquele homem e como ele me
queria... Eu não sabia de onde vinha tanta atração. E um encontro nunca foi o
suficiente, sempre queríamos mais. Naquele momento eu queria muito mais. Sentei
em seu colo e ele ficou ainda mais animado. Agarrou uma de minhas coxas e puxou
o meu cabelo para dar um beijo em meu pescoço. Sua virilidade encontrou as
minhas pernas e eu me contorci. “Tive uma ideia”, disse e dei um pulo. Ele me
repreendeu com o olhar e eu ri.
Quando
peguei a gravata ele ficou surpreso. Falei baixinho em seu ouvido para confiar
em mim, ele concordou e suspirou intensamente quando coloquei a gravata em meus
olhos. “Gosto de te ver, mas agora quero tentar uma coisa. Serei guiada apenas
pelo seu cheio”, falei e continuei o percurso em seu peito com os meus lábios.
A sensação era única e eu podia sentir perfeitamente a sua empolgação crescer e
crescer. Estávamos sem folego. Eu precisava dele mais do que nunca e ele
precisava de mim, mas sentir o seu corpo com a minha boca era excitante demais.
Após alguns minutos aumentando o nosso tesão, eu puxei a gravata dos meus olhos
e deixei que ele me possuísse. A verdade é que nos possuímos. A noite foi longa,
foi excitante e só me deixou com vontade de mais.
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