Por que
não?
Eu estava aqui pensando, coisa que naturalmente
já faço demais. Temos a boba mania de diminuir o que sentimos porque não deu
certo. Tentamos apagar o que vivemos e sentimos se não acabou do jeito que queríamos
ou se não era o que esperávamos. Mas não dá para fazer isso. “Mas não acredito
que aquilo era amor”, “Não acredito que amei aquela pessoa”, “Mas foi tão
breve. Poderia mesmo ser amor?”, essas são algumas questões que passam pela
minha cabeça quando eu me coloco pensando no passado e nas pessoas que conheci
e experiências que tive. O amor, por exemplo, alguém sabiamente me lembrou que
não existe apenas um tipo, uma forma de amar. Há amores fraternos, maduros, imaturos,
breves... Quando falamos em amor, há diversas possibilidades. E claro que essa
opinião não é universal. Você pode me questionar. Pois questione. Simplesmente,
viva o amor como o seu coração mandar. A questão aqui é não diminuir o que
sentimos e vivemos por não concordar com o seu fim ou com a forma que
desenrolou. Amar deveria ser simples. E é. O que complica somos nós mesmos e as
nossas inúmeras dúvidas, inseguranças e desculpas baratas. Amar é simples. O
amor é o que é e cada um vive e sente à sua maneira. Breve, longo, eterno, amor
é lindo enquanto vivo em um coração sincero. Em dois corações então, ah, é
maravilhoso e único.
Então vem a grande questão: Por que
não amar sem pensar nas complicações? Por que não deixar o amor ser o
protagonista? Por que não esquecer por um instante as ansiedades e receios? Eu sei,
eu sei, o coração bate forte, a respiração fica acelerada só de imaginar se
entregar a este lindo sentimento e não durar, ou não ser correspondido. Seria
péssimo, seria doloroso, extremamente doloroso. Mas se for o contrário? E se
você amar e for correspondido? Se você amar e ser lindo? E as borboletas no estômago?
E o sorriso genuíno quando o amado manda mensagem? E os olhos brilhando só de
ver aquele lindo sorriso? E os abraços? Os beijos? E o simples toque de duas
mãos? E o segredo que só você sabe? E o medo que ele contou só pra você? E o
sonho compartilhado? E a comemoração em seus braços? Eu sei, são coisas boas
demais. O amor não está só. Há aquelas coisinhas chatas que gostaríamos que não
tivesse, as inseguranças, por exemplo. Mas também há tantas coisas boas,
gostosas e excitantes. O amor pode ser simples, basta querer. Então, por que
não amar?
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