quarta-feira, 23 de março de 2022

 

Medo do quê?


Eu sei, dá um medo danado, dá um aperto no peito, um nó na garganta, uma montanha russa na mente, um arrepio nos braços, mexe com todo o corpo. A ansiedade e o medo fazem isso com a gente, transforma o que poderia ser levado com calma e leveza (“um passo de cada vez”) em receios e muitas dúvidas. Por que a pressa? Por que transformar essa coisa boa em um peso tão grande? Por que colocar tantos impedimentos? Eu sei, é o medo, a ansiedade e aquela maldita dúvida se vai dar certo. Afinal, por que se arriscar por alguém que mal conheço? Por que arriscar por alguém que abala todas as minhas estruturas? Por que negar o que anda sentindo se sentir é tão gostoso? Não vejo erro em abrir o coração para a alguém que também quer abrir o seu. Se os dois querem, por que não? O que ainda te prende? O que te deixa com medo? Se você cuidaria de mim, se você abriria mão de algumas coisas e atitudes por mim, por que eu não posso fazer o mesmo? É uma via de mão dupla, precisa ser recíproco. A não ser que todas palavras voaram com o vento e o seu coração nunca teve um espaço pra mim. A não ser que quando você me conquistou todo o seu “interesse” se perdeu. Eu sei que a conquista lhe atrai, porque também me atrai. No entanto, com você nunca foi apenas uma conquista. É mais que físico, que atração e distração, você sabe disso. Pelo menos, sabe que pra mim é. Agora, pra você já não sei... Eu achava que sabia, tanto que meu coração saltitava. Pobre e incansável coração, onde foi colocar seu afeto? Eu não sei. Simplesmente, não sei. Pensei que sabia, que estava tudo certo, caminhando tranquilamente, como você dizia que estava. Pensei que seria sem pressão, um passo de cada vez, daquele jeitinho gostoso. Como posso ter me enganado tanto? Estou com problema de escuta? Não há outra explicação. Tantos dizeres, tantos arrepios e emoções. É, agora me resta apenas superar mais um ciclo e torcer para esse mole coração não desistir. Coitado, não possui filtro, sempre habitando em lugares errados.

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